Análise de parágrafo do livro Duas Viagens ao Brasil
Neste trabalho, apresentaremos uma análise do livro “Duas viagens ao Brasil” de Hans Staden, publicado no ano de 1557, em Marburgo, Alemanha. Totalizando 181 páginas, o livro retrata a visão do português Hans Staden sobre a cultura indígena, que encontra ao chegar ao Brasil. Boa leitura.
O livro “Duas viagens ao Brasil” de Hans Staden é escrito na primeira pessoa, com um olhar superior em relação aos povos encontrados. A todo tempo o narrador deixa claro sua visão etnocentrista, comparando sua cultura com a nova cultura encontrada e classificando-a como estranha. Durante o século XVI a Europa estava em fase de expedição. Grandes exploradores iam para o mar em busca de novas terras para se colonizar. O governo europeu desta época era centralizado na Igreja. Os colonizadores que descobriam novas terras tinham como objetivo catequizar os chamados “selvagens” e explorá-los para conseguirem pedras e especiarias.
“Entre os selvagens, não há um governo constituído e não há privilégios. Cada cabana tem um superior. Ele é o chefe. Todos os chefes são da mesma origem e tem o mesmo direito de dar ordem e governar. Disso cada um concluirá o que quiser. No caso de um deles sobressair os demais por atos de guerra, será mais seguido do que os outros numa campanha de guerra, com os antes mencionados Cunhambebe. Além disso, não evidenciei nenhum privilégio entre eles, exceto que os mais jovens devem obedecer aos mais velhos, de acordo com o que exige os costumes deles.”
(STADEN, 1557, p. 145)
Nesse parágrafo podemos ver a descrição feita por Hans, de como era o governo dos selvagens.