Análise de Mercado
Análise do mercado para os Azeites de Portugal
Pedro Santos, Pedro Falcato, Rui Almeida, Luís Mira
CONSULAI . www.consulai.com
As condições edafo-climáticas e o potencial produtivo do nosso País, no que respeita ao setor olivícola, foram intensamente promovidos e subsidiados nos últimos anos. Em resposta a este estímulo ao investimento no setor, cujos indicadores económicos indicavam ser altamente rentável, diversos agentes económicos decidiram investir na plantação, adensamento e rega dos olivais, bem como na construção de novos lagares e ampliação dos lagares existentes.
Os investimentos realizados levaram ao aumento da produção de azeitona e ao consequente aumento da produção de azeite, prevendo-se muito em breve a equiparação entre as quantidades de azeite produzido e consumido em Portugal. Em 2008/2009 produzimos 53 400 t e consumimos 87 500 t de azeite, mas enquanto as previsões para os próximos anos indicam uma estabilização do consumo de azeite, prevê-se um aumento importante da oferta por via da entrada em produção dos novos olivais plantados e do aumento de produção dos olivais onde se efetuaram adensamentos e instalação de rega.
No entanto, todos estes anos em que consumimos mais azeite do que produzimos em
Portugal levaram a que o mercado tivesse selecionado fornecedores estrangeiros para suprir as necessidades dos consumidores portugueses e os agentes económicos que fornecem o azeite ao mercado nacional não vão pura e simplesmente desaparecer do mercado. Por outro lado, as exportações portuguesas de azeite aumentaram nos últimos anos (em 2008/2009 foram superiores a 30 000 t de azeite), prevendo-se que continuem a aumentar consideravelmente nos próximos anos.
Em suma, se considerarmos que nos próximos anos haverá estabilização do consumo e da importação de azeite e simultaneamen-
te um aumento da produção, então temos certamente de aumentar a exportação dos nossos azeites, sob pena de virmos a