Análise de Garret e Azevedo

A representação da mulher na visão dos poetas Almeida Garret e Álvares de Azevedo.
Juliana Andreo Dias dos Santos Simone de Melo Cruz
Universidade Cruzeiro do Sul

RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar como a mulher era vista e idealizada pelos escritores românticos, o poeta português Almeida Garret e o poeta brasileiro Álvares de Azevedo através de seus poemas: Anjo És e Por mim? Na poesia romântica, muitas vezes a mulher era uma musa desejada, amada, mas intocável, era uma figura feminina idealizada, um amor angelical e que era sempre vista como uma virgem. Era um amor puro, onde o homem era protetor e submisso, e nada de concreto se realizava entre os amantes, considerando também a distância que havia entre ambos e que a mulher era contemplada por seus admiradores.

PALAVRAS-CHAVE: idealização da mulher; romantismo, poesia portuguesa e brasileira.

INTRODUÇÃO
O Romantismo foi um período literário que caracterizou o século XIX, foi um movimento de negação estética clássica (Antiguidade) e neoclássica (século XVIII), os românticos cultuavam as razões dos corações e a rebeldia individual, que supervalorizaram-se o amor, o sentimento nostálgico, a melancolia e a solidão. Sobretudo, a narrativa romântica terá como grande tema o amor, que enfrenta grandes obstáculos. Em Portugal, o Romantismo durou aproximadamente 40 anos, iniciou em 1825 quando Almeida Garrett publicou Camões, e o Romantismo português atrelou-se ao liberalismo e à ideologia burguesa, e que ocorreram três momentos distintos no desenvolvimento do Romantismo português, sendo a 1ª geração, a 2ª geração e a 3ª geração.
Já no Brasil, o Romantismo foi um período em que os escritores foram influenciados pelas literaturas românticas da França, da Inglaterra e de Portugal, devido à independência cultural desses países mais desenvolvidos. Os escritores no período romântico conseguiram algumas renovações, como temas literários universais do homem, a salvação da alma, a vivência amorosa e o