Análise de enfoque psicanalítico do filme o clube de jane austen
| |UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS | |
| |FACULDADE DE PSICOLOGIA | |
O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN
SANDRA CARLA HAYASHI
Manaus/AM
2010
O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN
“Um conjunto de pessoas com um objetivo em comum, que opera e se estrutura à medida que se relaciona”, a máxima pichoniana do que vem a ser um grupo operativo está presente no enredo do filme Clube de Leitura de Jane Austen. Durante seis meses, seis personagens têm suas vidas interligadas pela leitura e discussão das seis obras da grande autora e vão descobrindo, aos poucos, que embora conhecessem tanto de Jane Austen e suas obras, conheciam ou permitiam-se conhecer muito pouco a si mesmos. O clube de leitura, formado por Bernadette, Prudie, Jocelyn, Alegra, Sylvia e Grigg, constitui-se, no primeiro momento, com o intuito de ajudar uma das personagens a superar um momento difícil de sua vida e serve como forma de deslocar a atenção do seu problema e focalizar na leitura e discussão das obras de Jane Austen, formando a partir desse instante o típico ambiente dos grupos operativos. Durante essa dinâmica dentro do filme desenrolam-se situações que permitem a visualização dos papéis diversamente assumidos por cada um dos personagens. Tais como pontuados por Pichon-Rivière em sua teoria sobre os grupos operativos, esses papéis vão sendo reconhecidos pelos outros membros ao longo do processo grupal. A construção desses papéis dentro do grupo é complexa e não pode ser entendida como fixa, pois vai se constituindo conforme o