Análise da Obra São Bernardo Graciliano Ramos
São Bernardo é considerada, uma obra de romance regionalista modernista, onde tem como espaço um cotidiano realizado em uma fazenda em Alagoas. “Resolvi estabelecer-me na minha terra município de Viçosa, Alagoas”. E percebe-se também que a visão da fazenda é limitada, pois Paulo não está interessado em detalhes.”Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto.”
A história é contada na primeira pessoa, e com isso nota-se a presença de um narrador oniciente pessoal, pois Paulo Honório conta a sua história depois de tê-la vivido como forma de retrospectiva e assim participa da narrativa “...Tenciono contar a minha história. (...) Talvez deixe de mencionar particularidades úteis, que me pareçam acessórias e dispensáveis.”
Na prisão onde passou pouco mais de 3 anos conheceu Joaquim sapateiro, que com uma bíblia ensinou Paulo Honório a ler. Ao ser liberto só pensava em ganhar dinheiro, tirou título de eleitor e pegou cem mil-réis do agiota e chefe político Pereira. Nesse período Paulo Honório se envolveu com todo tipo de gente incluindo negócios ilícitos.
Paulo então resolveu voltar para a cidade em que cresceu, Viçosa, e logo quis adquirir a propriedade São Bernardo onde trabalhou arduamente, seu antigo patrão havia morrido, procurou ele então o herdeiro das terras, Luís Padilha, um viciado em jogo, percebendo que o rapaz era ingênuo e influenciável Paulo se preparou para dar o bote. Tornaram-se amigos e Paulo colocou o plano em prática, emprestou dinheiro a juros ao Luís, que gastou com bebida, jogo