Análise da música o tempo não para
Cazuza
Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora cheia de mágoas Eu sou o cara Cansado de correr Na direção contrária Sem pódio de chegada ou beijo de namorada Eu sou mais um cara Mas se você achar Que eu to derrotado Saiba que ainda estão rolando os dados Porque o tempo, o tempo não para Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da caridade de quem me detesta A tua piscina tá cheia de ratos Tuas ideias não correspondem aos fatos O tempo não para Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não para Não para, não, não para Eu não tenho data pra comemorar Às vezes os meus dias são de par em par Procurando agulha no palheiro Nas noites de frio é melhor nem nascer Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer E assim nos tornamos brasileiros Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro Transformam o país inteiro num puteiro Pois assim se ganha mais dinheiro A tua piscina tá cheia de ratos Tuas ideias não correspondem aos fatos O tempo não para Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não para Não para, não, não para.
Análise da música
Essa primeira parte fala da ditadura militar, em que o centro do poder estava sendo metralhado com sua música. Ele também mostra que cansado, pois suas lutas não chegam a lugar nenhum, por isso ele é apenas mais um cara.
Mesmo assim ele fala que não vai desistir, os protestos não vão parar e eles serão derrotados.
As vezes ele se machuca com os combates, mas ele ainda está vivo. A sua cabeça está cheia de coisas que não fazem sentido, estão podres e por isso passaram.
Mostra que isso já aconteceu antes, e como das outras vezes eles passaram.
Mesmo com tantas vitórias naquele tempo, ainda havia mortes. Tendo dias que não queria ter. E procurando liberdade onde não há. Nos dias em que não se fizer nada é melhor nem nascer e nos dias que fizer algo é matar ou morrer. E assim assumimos nossa pátria.