Análise da Malha Ferroviária da Cidade de Curitiba
Anônimo
A CIDADE E A FERROVIA
Curitiba
A CIDADE E A FERROVIA.
Ao tratarmos do início da história da ferrovia brasileira, é importante ressaltar a importância agroexportadora que esta possuiu no país através da do escoamento da produção das principais regiões para os portos. Em relação a isso, pode-se citar que a região Sul teve maior destaque no processo.
O que desencadeou as construções de estradas de ferro foi o crescimento da produção de café, pois o transporte usado anteriormente (transporte à tração animal) estava se tornando obsoleto e as estradas estavam em situação precária, o que ocasionava grande perda na produção. Sendo assim, boa parte dos recursos provenientes da produção de café foram investidos na implantação das ferrovias.
Porém, não se pode atribuir o desenvolvimento das ferrovias apenas somente a titulo econômico, mas também como forma de integração dos sertões com o centro político de econômico do país (sudeste), processo de modernização das cidades.
A ferrovia representava para o Brasil alcançar o progresso e apagar qualquer lembrança de retardo que vinha do período político anterior.
Na segunda metade do século XIX, os projetos de viação eram voltados, em sua maioria, para a construção de linhas ferroviárias e navegação fluvial e marítima e esses projetos interligavam apenas o eixo norte-sul e a distribuição da produção privilegiava as cidades costeiras. Cidades onde a produção era facilmente escoada para países industrializados.
Os primeiros trilhos de ferro do país foram viabilizados através do declínio da navegação de cabotagem. Cabe agora as ferrovias o papel de interligar o país.
Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a expansão da lavoura cafeeira provocou ascensão política e econômica o que determinou o desenvolvimento ferroviário, gerando um desequilíbrio das construções ferroviárias, pois grande parte das ferrovias foram implantadas nessa região