Análise da indústria de cervejas
A análise do perfil da indústria de cerveja brasileira foi baseada nas cinco forças competitivas citadas por Porter: entrada, ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes.
Os fornecedores não possuem, na atualidade, força expressiva sobre a indústria cervejeira. A maioria dos equipamentos têm um leque razoável de fabricantes, principalmente na Europa. De outro lado, os fabricantes de cerveja no Brasil são poucos e estão mais concentrados do que as indústrias dos fornecedores, com o que fica diminuído o poder de barganha destes em relação aos preços e condições de qualidade oferecidos.
A água, um dos principais componentes do custo de fabricação, é obtida a partir de utilidades públicas, lagos ou poços localizados perto das cervejarias. Esta matéria-prima é abundante no Brasil, portanto não representa um problema de fornecimento. A dificuldade reside na obtenção do malte e do lúpulo, também matérias-primas fundamentais da cerveja, e na obtenção de latas de alumínio para embalagens que até há pouco tempo tinham apenas um fabricante no Brasil. O lúpulo é importado sendo sua qualidade essencial para o "sabor" e o "aroma" da cerveja. Já o malte é resultado do beneficiamento da cevada, da qual o Brasil não é um grande produtor, e dois são os fatores que influenciam a obtenção de um malte de qualidade: a tecnologia da maltaria, que deve ser moderna; e o transporte maltaria/fábrica de cerveja, que não deve ser realizado entre grandes distâncias devido a perda da qualidade pela "quebra" de grãos. Quanto a embalagem do tipo lata, recentemente três novos produtores entraram no mercado brasileiro, criando concorrência no setor com a conseqüente diminuição de preços.
A influência dos produtos "substitutos" é muito pequena se considerarmos a longa tradição da cerveja que nasceu, provavelmente, na Idade Média e até