Análise da carta de suicídio de Getúlio Vargas
“Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão ao direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.”
Neste trecho, Vargas se refere aos ataques indiretos que recebia da oposição. Exemplo disso eram as constantes declarações de Carlos Lacerda, um dos líderes da UDN (União Democrática Nacional), que usava o seu jornal, Tribuna da Imprensa, para atacar Vargas de todas as formas.
‘’Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social.”
Antes da Era Vargas, a economia brasileira era explorada pelas elites e pelas grandes potências internacionais. O mercado interno era muito pouco valorizado e os trabalhadores viviam em condições muito precárias e seus salários não eram nada justos.
Quando Vargas assumiu o governo, ele investiu muito nas indústrias nacionais, o que trouxe muito dinheiro para o Brasil. Ele criou o Ministério do Trabalho e as leis trabalhistas, que impunham o salário mínimo, oito horas de jornada de trabalho, férias obrigatórias e outros benefícios aos trabalhadores. É por esse motivo que Getúlio Vargas é conhecido como “Pai dos Pobres”.
“Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.”
Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, havia uma contradição incontornável pairando sobre o governo de Vargas. Na guerra, o Brasil lutou ao lado dos países que defendiam a liberdade e eram contra as ditaduras impostas pelo nazismo e pelo fascismo. Porém, Getúlio Vargas governava de maneira ditatorial e com fortes influências fascistas. Isso gerou uma grande insatisfação do exército e de outros políticos, e os conservadores aproveitaram a oportunidade e obrigaram Getúlio a renunciar, dando um ultimato a ele.