CRONISTAS
Introdução ao tema:
Com um pé na ficção e outro na História, Rubem Fonseca faz deste romance uma narrativa policial. A História não é só o pano de fundo. Transcorrendo em agosto de 1954, o livro apresenta os vultos históricos daqueles episódios, que culminaram com o suicídio de Getúlio Vargas, como se fossem protagonistas do próprio romance.
Assim figuras como Getúlio Vargas, seu irmão Benjamim, a filha Alzira, o polêmico tenente Gregório Fortunato, ministros (Tancredo Neves, os militares Zenóbio de Castro e Mascarenhas de Moraes) o brigadeiro Eduardo Gomes, só para citar alguns, têm voz e ato no livro.
O narrador apresenta com desenvoltura diálogos, ações, pensamentos, dramas e dúvidas de personagens como estes. Simultaneamente à narrativa da crise que levaria Getúlio ao suicídio, provocada pela tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, o autor desenvolve a história ficcional ao redor do personagem central do romance: o comissário Alberto Matos.
[Snippet not found: '/Quad_MDL_']
2. Enredo:
Agosto de 1954, caos e escândalos políticos aparecendo diariamente nas páginas dos jornais. Getúlio Vargas, Presidente da República, começa perder sua popularidade. O povo está dividido entre o Presidente e Carlos Lacerda, jornalista implacável que diz desmascarar o governo brasileiro.
Gregório Fortunato - chefe da guarda pessoal de Vargas - consciente de que o jornalista constitui uma ameaça, planeja um atentado contra a sua vida.
Outro crime acontece: o assassinato de um milionário em sua própria residência, um luxuoso apartamento duplex, em bairro de classe média alta, na cidade do Rio de Janeiro. S ão crimes que cercam a vida do Comissário Mattos. Sofrendo de terrível úlcera no estômago, envolvido com duas namoradas, o Comissário suspeita que a mão negra que arma os pistoleiros da Rua dos Toneleros em Copacabana, onde ocorre o atentado a Lacerda, deve ser a mesma que mata o milionário na cama.
O atentado a Lacerda fere um coronel da