Análise da ação de schindler frente ao regime nazista
A ação de Schindler foi eticamente orientada, ele se pautou por convicção. Sabia que proteger aquelas pessoas era a coisa certa a fazer. Ele era um homem que possuía muito auto-controle, o que foi determinante no sucesso de seu intento. Teve muita coragem de ir contra o regime nazista, sabidamente perverso e avesso a qualquer tipo de insubordinação.
Alguém poderia apontar o dedo para Schindler e dizer que ele não foi ético? É fato que ele não respeitou a lei em vigor. Mas não há qualquer desvio nessa conduta, pois ele vivia uma situação de crise ética. Se fazia necessário o questionamento: por que devo cumprir estas normas? Muitos outros lideres daquela sociedade viveram uma crise da ética, quando aceitaram o poder e legitimaram o regime nazista, pois se muitos pensassem como Schindler talvez o nazismo não suportasse o questionamento.
A situação de Schindler e seus protegidos era diametralmente oposta ao que normatizava o partido nazista. Os nazistas acreditavam estar eliminando os menos aptos e não havia nenhum espaço para ações como a de Schindler. Apesar de suas ações serem reconhecidamente corretas e justas a qualquer tempo e em qualquer cultura, elas não se incluíam na ética do partido nazista.
Schindler foi o melhor líder, ele deu a oportunidade a 1200 judeus de trocar uma relação de poder brutal e violenta por outra concedida e complacente. Seu poder vinha de suas virtudes. No capitulo IV de O Príncipe de Maquiavel ele fala sobre os príncipes virtuosos. Se fosse fazer uma obra baseada neste livro atualizando os conceitos e exemplos, com certeza a história de Schindler poderia ser citada quando se falasse de príncipes virtuosos.
Agradeço ao Professor Dr. Wilmar do Valle Barbosa e ao Professor Luciano Tavares Torres, ambos da UFJF pela proposição da análise e pela descrição de Oskar Schidler que integra o Início desta postagem.
Como combinar ética com política?
Não tem como falar de ética