Análise crítica entre aurélia e iracema
Aurélia Camargo: Moça pobre. Aurélia é decente e apaixonada por Fernando Seixas. A decepção amorosa transforma-a num mulher vingativa e fria, mas que não consegue disfarçar seu verdadeiro sentimento por Seixas. Seu comportamento é típico de uma esquizofrênica, já que se vê dividida entre sentimentos contraditórios até o final do romance. O amor parece ser sua salvação, redimindo-a de perder o homem que ama por causa de seu orgulho. Era uma mulher diferente de todas as outras que naquela época viviam. Destacava-se pela sua beleza e pela sua maneira de agir e de pensar. Opunha-se a algumas regras determinadas pela sociedade que não lhe agradavam. Aurélia a todos pode dominar e tem tudo o que quer ter. Era educada, delicada, corajosa, elegante, informada, inteligente, experiente. Era com certeza, alguém que nasceu para a riqueza e para a alta sociedade, e talvez, a característica mais importante, que pode ser a explicação de seu sucesso no domínio das pessoas: a sua frieza e seu estimável autocontrole.
Iracema: O amor entre Iracema e Martim serve de alegoria no processo de colonização do Brasil e da América pelos europeus e é duplamente interditado, pois pertencem a nações inimigas e Iracema representa um papel relevante entre os tabajaras, “Sua mão fabrica para o Pajé a bebida de Tupã”. Iracema viola o segredo de sua tribo e prepara a bebida para Martim que, entorpecido, imagina possuir a jovem índia e, quando desperto, torna-se seu esposo. Iracema passa a viver um amor feito de renúncia e sacrifícios que a coloca na condição de pária e se vê obrigada a abandonar a sua gente. Não podia viver entre os brancos, nem entre os inimigos potiguaras. Exilada, carregava em seu ventre o fruto de uma nova formação – o mameluco: nem índio, nem europeu, mas brasileiro.
Portanto Aurélia com seu autocontrole “comanda” Seixas com sua frieza e riqueza, mas acredita que o amor é a sua única salvação. Já Iracema se sacrifica por Martim e