Análise crítica co terceiro setor
ANÁLISE CRÍTICA
Diante do que a realidade da atuação das OSs e OSCIPs tem evidenciado, inúmeras questões podem ser suscitadas para demonstrar que a atuação de tais entidades está sendo burlada e corrompida pelos seus administradores privados com auxílio, muitas vezes, dos gestores públicos, principalmente na transferência dos recursos públicos. Dentre todas as críticas, tem-se que a assunção de atividades tipicamente estatais por entidades não governamentais gera a necessidade de uma atuação real e efetiva da sociedade no exercício de sua cidadania para, principalmente, fiscalizar o cumprimento dos objetivos pelo terceiro setor. Ocorre que, para que esse direito seja efetivamente exercido, é necessário conferir possibilidades materiais de participação ativa aos indivíduos, ou seja, há a necessidade dos indivíduos que além de obterem o direito de participar, o exerçam de forma real. Acontece, que na sociedade brasileira tal direito acaba por não ser exercido, pois fatalmente, não há uma consciência política, despreocupação esta que está arraigada na cultura da população. Muitos defensores do terceiro setor vislumbram essa atuação como manifestação da democracia e exercício do direito à participação do cidadão nas questões administrativas. Deveras, a valiosa conquista democrática de aumentar os mecanismos de participação do cidadão nas questões estatais, citando a forma participativa dele como “colaborador‟, além de ter uma estrutura complexa, traz uma problemática em vista de como ela é executada, porque, na prática, o direito de participação tem gerado o favorecimento das classes altas e verdadeira exclusão da sociedade. Considerações semelhantes são despontadas ao constatar que o direito de participação no âmbito da administração pública só assumirá sua função democrática se forem concretizadas reais e efetivas condições aos cidadãos para exercerem tal direito, tendo como premissa a