Análise comportamental : o diabo veste prada

O filme “O Diabo Veste Prada” retrata a história Andrea, uma trabalhadora ingênua, enfrentando a cultura organizacional imposta por padrões da sociedade americana, acentuadas pelo cotidiano de uma cidade que é holofote do mundo, para um emprego em que “milhões de pessoas matariam para tê-lo.” Logo no começo do filme, a personagem age concentrando sua profissionalidade apenas no trabalho em si, esquecendo da imagem que passava, principalmente num meio de trabalho como o dela (uma influente revista de moda multinacional). De início ela se esforça para conciliar sua vida profissional com a pessoal, entrando numa luta constante entre seus valores intrapessoais e um trabalho a qual ela fica sujeita a péssimas condições profissionais. Após uma transformação e adequação ao seu “novo ambiente”, sendo essa a principal mudança da personagem ao longo do filme, ela consegue combinar uma boa aparência com extrema competência, fazendo com que rapidamente passasse de operacional para estratégica, mesmo que apenas na prática e não na teoria. A partir desse ponto, nota-se uma ruptura do caráter de Andrea, que se obriga a passar por situações em que, ao invés de “abrir portas”, acaba se tornando uma workaholic, fazendo do impossível, possível para ter ascensão dentro de uma empresa que antes nem sequer conhecia. Para ela, o trabalho deixou de ser fonte de satisfação e qualidade de vida, passando a exercer o papel de meio de sobrevivência e de esperança, acabando, inclusive com sua vida pessoal fora da empresa. Antigos amigos e inclusive seu parceiro foram lentamente substituídos por novas pessoas do mesmo no meio profissional em que se encontra. Quando já está completamente envolvida, Andy nota que se tornou como sua chefe, Miranda Priestly, mesma pessoa que no começo da história tinha o jeito criticado pela personagem. Pode-se dizer que a pressão e as duras e fatais escolhas do cargo alcançado ao longo do filme por Andy não foram suportadas, fazendo com que a mesma