Análise antropológica do filme “nell”
Com a descoberta de Nell vivendo em um local afastado da sociedade, conversando em uma linguagem até então pouco compreendida apenas pelo médico que a analisava e agindo como um indivíduo fora do “comum”, logo começaram a compará-la como animal e a taxando como louca. Nesta situação observa-se o conceito de etnocentrismo bastante evidente, pois quem não a conhecia se mostrava discriminatório em relação ao seu modo de viver, vestir e agir mostrando que sua cultura era de certa forma superior a de Nell. Essa visão fragmentada do conhecimento é perceptível nas ações dos personagens do entregador e do psiquiatra que defendia a ideia que Nell tinha problemas mentais.
Além disso, existia a questão de alguns personagens em querer levar Nell para a cidade e transformá-la em uma pessoa “comum”. O relativismo cultural foi um fator observado no filme, principalmente na parte final, quando Nell está no tribunal falando que até mesmo nos lugares ditos civilizados, as pessoas ainda sentem em solidão profunda. O relativismo é um conceito que estará sempre presente em qualquer sociedade que vivemos, pois cada cultura tem seu estilo de vida e deve-se observar cada indivíduo dentro de sua própria cultura, sem tomar decisões etnocêntricas.
O choque cultural entre a vida que a personagem principal vivia e a vida do médico e da psicóloga que a acompanhavam foi bastante notório durante maior parte do filme. Dessa forma fez com surgisse a sede pela busca de conhecimento e de entender como Nell levava sua vida. Portanto a interação social se fez presente nesta