análise antropologica do filme 'o elo perdido'
O filme ‘O Elo Perdido’ trata da questão de até aonde vão as conseqüências de se desumanizar o outro e considerar isso uma justificativa e permissão por si só dada a qualquer atitude humana sobre o diferente. Nesta síntese podemos notar as influencias de contexto histórico entre as atitudes e visões dos personagens, legitimando a não aceitação de outra origem humana e o ridicularizando. O imperialismo econômico exercido pela Europa é justificado pelo darwinismo social pois cria uma escala de evolução humana onde a superioridade é atribuída a quem constrói tal teoria e a inferioridade na classificação é atribuída as sociedades humanas que o direciona ao exótico e inferior.
O conceito de etnocentrismo nota-se presente na visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, em um plano mais importante que as outras culturas e sociedades, identificadas freqüentemente pelos Europeus no filme. Nota-se tal semelhança a experiência turística realizada nas aldeias indígenas, onde a curiosidade pelo modo de vida do outro dá inicio ao turismo de base etnológica. Tal prática vem se desenvolvendo nos últimos anos na Pan-amazònia e no Brasil, quando passa a ser alvo de mercado turístico que, com suas novas tendências, vê a atividade como fonte de oferta e atrativos turísticos. Apesar de na teoria parecer uma iniciativa culturalmente positiva, em certo contexto pode não ser. A preservação cultural dos indígenas é o ponto critico para essas práticas, onde o contato do índio com alguns turistas pode causar prejuízo psicológico aos moradores das aldeias. O contato com uma formação cultural diferente, como a dos indígenas, pode gerar espanto aqueles que não estão acostumados a vivenciar praticas e costumes diferentes, gerando preconceito cultural e valorização da própria cultura, onde tudo aquilo que a difere não é