Antropologia da raz{ao

2498 palavras 10 páginas
Rabinow começa seu texto citando a crítica de Rorty a empresa da epistemologia. Chamando atenção para o lugar social e histórico de produção de conhecimento dos epistemologos situados na Alemanha do Séc. XIX. Nesse sentido, a crítica de Rorty fundamenta o que estaria como projeto na moderna filosofia: a certeza da busca de fundamentos para a razão. Isto faria com que a epistemologia, como a disciplina responsável pela busca das possibilidades e fundamentos da produção do conhecimento, assumisse o papel protagonista do que Rabinow se refere como um melodrama.
À frente do relativismo proposto por Rorty que, não obstante têm suas implicações, Rabinow propõe no texto uma crítica ancorando-se em pressuposto foucaultianos, além de analisar as consequências disto para a escrita e representação sobre o outro, trabalho mais especificamente, antropológico. Segundo Rabinow analisando esta virada no conhecimento de Descartes com relação a Aristóteles: A filosofia moderna surgiu com um sujeito conhecedor, dotado de consciência e de seus conteúdos representacionais, tornou-se o problema central para o pensamento, paradigma de todo saber.[1]
Todo um quadro é pintado em que o cerne do argumento é a produção de saber estaria no estudo sobre as possibilidades do conhecimento e sobre a relação das representações e a realidade, bem como do sujeito conhecedor. Tratar-se-ia da própria noção de ciência. Isto levou a filosofia, e aí o argumento de Rorty, somente no iluminismo como juíza da razão e de todo conhecimento possível como colocada pela obra de Kant. Todavia, essa relação da filosofia como uma teoria do conhecimento foi cimentada ao longo do sec. XX. Contudo, Rabinow chama atenção que ela não conseguia, a despeito de suas pretensões arbitrarem diretamente sobre as produções culturais, tal intento. Diz que, provavelmente, nem Einstein, nem Picasso estiveram muito preocupados com o que Husserl vinha desenvolvendo. O autor nos diz que embora a filosofia ainda tenha departamentos

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