Antropologia da raz{ao
À frente do relativismo proposto por Rorty que, não obstante têm suas implicações, Rabinow propõe no texto uma crítica ancorando-se em pressuposto foucaultianos, além de analisar as consequências disto para a escrita e representação sobre o outro, trabalho mais especificamente, antropológico. Segundo Rabinow analisando esta virada no conhecimento de Descartes com relação a Aristóteles: A filosofia moderna surgiu com um sujeito conhecedor, dotado de consciência e de seus conteúdos representacionais, tornou-se o problema central para o pensamento, paradigma de todo saber.[1]
Todo um quadro é pintado em que o cerne do argumento é a produção de saber estaria no estudo sobre as possibilidades do conhecimento e sobre a relação das representações e a realidade, bem como do sujeito conhecedor. Tratar-se-ia da própria noção de ciência. Isto levou a filosofia, e aí o argumento de Rorty, somente no iluminismo como juíza da razão e de todo conhecimento possível como colocada pela obra de Kant. Todavia, essa relação da filosofia como uma teoria do conhecimento foi cimentada ao longo do sec. XX. Contudo, Rabinow chama atenção que ela não conseguia, a despeito de suas pretensões arbitrarem diretamente sobre as produções culturais, tal intento. Diz que, provavelmente, nem Einstein, nem Picasso estiveram muito preocupados com o que Husserl vinha desenvolvendo. O autor nos diz que embora a filosofia ainda tenha departamentos