Antonio Branquinho da Fonseca
O conto “O Barão” de Branquinho da Fonseca foi publicado em 1942 sob o pseudónimo de António Madeira. Escolhi este conto devido às diversas interpretações que permite. É uma obra aparentemente e estruturalmente simples, mas esconde uma complexidade intrínseca. Também escolhi esta obra por ser um marco do neo-realismo e realismo fantástico em Portugal. III. Categoria da narrativa Para categoria da narrativa elegi as personagens pois elas são extremamente complexas. Todo o livro se foca na misticidade do Barão, que é a personagem central e dominante deste conto. Não poderia falar neste livro sem uma reflexão sobre o que esta personagem significa. O Barão apesar de ser tudo o que se pode considerar ignóbil (bruto, rude, dominador, primitivo, anacrónico), seduz o leitor e fascina-o. Ao longo da história, o Barão, mostra tantas facetas como estados de espírito numa aparente bipolaridade de valores.
Um Inspector das escolas de instrução primária é, por imposição das suas funções, coagido ao nomadismo: viajar por diversas localidades. Em O Barão conta a inesquecível viagem que o leva a um lugar de província onde o Barão se condenara a um sedentarismo solitário e dramático. Personagem intrigante