antologia poetica
Até 1908, escreveu quase sempre em inglês, excluindo-se pouco mais de uma dezena de poemas escritos até 1902.
Nesta antologia excluímos os denominados Poemas
Ingleses.
Podemos dividir as suas obras em ortónimas e heterónimas. Há quem considere que os seis poemas da “Chuva
Oblíqua”, se constituem como uma das melhores manifestações poéticas de Pessoa, ele mesmo. No ano de 1914, surgem Alberto Caeiro, Ricardo Reis e
Álvaro de Campos. Considerou sempre Caeiro como o seu
“mestre”.
No mês de Março de 1914, Pessoa tem o seu dia triunfal.
Numa espécie de êxtase terá escrito mais de trinta poemas do “Guardador de Rebanhos”, cuja autoria é atribuída a seu “mestre” Caeiro. Morre em Lisboa em Novembro de 1935.
Haverá muito que dizer acerca de Pessoa, mas falar dele teorizando com verborreia, é como discutir o rótulo deixando o excelente vinho por beber. Ouçamos, então, a sua voz, os seus questionamentos existencialistas – nomeadamente, ser e não-ser, realidade e aparência, pensamento/sensação. Se os poemas Sustento-me de sangue, e vou beber a vida
Nos braços de quem quer por força dar-me a morte! 07/1902
EPIGRAMA Foi para a serra caçar
O velho doutor Vicente
Mas logo o foram chamar
Para vir ver um doente. Ao penetrar na mansarda
Grita-lhe o padre Zé Freitas:
«Você traz hoje espingarda?
Já não tem fé nas receitas?» 08/1902
A KEATS (Depois de ler o seu soneto: « Wen I have fears that I may cease to be») Estatuário da poesia, tu disseste: