Antiinflamatórios na odontologia
A grande maioria das algias odontológicas tem sua etiologia nos processos inflamatórios. Portanto, o conhecimento dos mecanismos de ação dos fármacos antiinflamatórios, principalmente a drogas do grupo dos não- esteróides (AINEs), assim como suas posologias, são de importância para que possamos apresentar aos pacientes uma opção terapêutica segura e rápida no controle dos problemas advindos da inflamação.
– Efeitos antiinflamatórios dos AINEs A principal ação dos AINEs é a inibição da ciclooxigenase araquidônica, portanto,inibição da produção de prostaglandinas e tromboxanes.
Há dois tipos de ciclooxigenases (COX), quais sejam COX-1 e COX-2. COX-1 é uma enzima constitucional expressa em muitos tecidos, incluindo plaquetas sanguíneas, e está envolvida na sinalização de uma célula para outra e na homeostase tecidual. COX-2 é induzida em células inflamatórias quando elas são ativadas, e é considerada como sendo a enzima que produz os mediadores da inflamação da classe dos prostanóides. Muitos AINEs atualmente em uso são inibidores de ambas as isoenzimas, embora variem quanto ao grau de inibição de cada uma delas. A ação antiinflamatória dos AINEs está claramente relacionada com a sua inibição da COX-2 e é provável que, quando usados como agentes antiinflamatórios, seus efeitos indesejados se devam principalmente à sua inibição de COX-1. Os novos compostos com ação seletiva sobre COX-2 que estão sendo desenvolvidos acabam gerando uma nova abordagem no tratamento da inflamação. Alguns exemplos são o Rofecoxib e o Celocoxib, que inibem especificamente a COX-2, não atuando, assim, sobre a COX-1 e, conseqüentemente, não impedindo a formação de prostaglandinas fisiológicas, o que diminui futuras irritações