Controle da dor

CONTROLE DA DOR
E DO EDEMA
EM CIRURGIA ORAL
Alexandre Chaia
Amanda Benevides da Nova

INTRODUÇÃO
A dor é definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como uma
“experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, podendo ser descrita tanto em termos desses danos quanto por ambas as características”.1 Embora seu caráter defensivo, sinalizando a presença de uma lesão, a dor não é uma sensação adaptável.

O alívio da dor é, atualmente, visto como um direito humano básico e, portanto, não se trata apenas de uma questão clínica, mas também de uma situação ética que envolve todos os profissionais de saúde. Ainda há o reconhecimento de que a dor não tratada pode afetar o estado de recuperação em cirurgias de forma adversa, e pode levar a uma dor persistente
(crônica), acarretando em custos financeiros e sociais.2 Exatamente por gerar tal desconforto, o controle da dor foi almejado por muito tempo.
A casca do salgueiro (Salix alba) foi durante séculos um remédio tradicional para a febre. A hidrólise de seu princípio ativo fornece glicose e álcool salicílico. Este último foi preparado pela primeira vez em 1838, a partir do álcool e, mais tarde, por meio de síntese. Em 1899, foi introduzido em terapêutica o ácido salicílico, que se tornou um dos medicamentos mais utilizados no mundo no controle da dor.
Em 1948, foi descoberta a atividade antiinflamatória da cortisona, um hormônio esteróide excretado pela cortical da glândula supra-renal, obtida por síntese dois anos antes. Embora os diversos efeitos colaterais desta droga tenham limitado seu uso, atualmente ela funciona como um grande coadjuvante na redução do edema pós-operatório.19

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A dor, assim como o edema e o trismo, é o resultado da resposta inflamatória aguda que ocorre no tecido lesionado, durante o processo