antiguidade
“[...] com as conquistas romanas, o afluxo de escravos e as revoltas servis, compreende-se por que então justificar a escravidão significava necessariamente justificar o imperialismo romano [...]”. (JOLY, 2005, p.41). A escravidão antiga era vista como algo normal, taxativo, natural e bem aceita pela sociedade da época. Em Roma os senhores poderiam apropriar-se de duas espécies: as coisas e os homens.
Mesmo assim naquela época o escravo era considerado como um ser-humano, pois os seus senhores lhes impunham dedicação, fidelidade e ensinavam-lhes o dever moral. Somente por isso eles eram considerados humanos, afinal não se ensina nada disso as “coisas”, apesar de tudo, porém, o seu senhor o amava.
“A relação entre escravo e senhor é ao mesmo tempo desigual e inter-humana; portanto, o senhor ‘amará’ seu escravo, pois qual senhor não ama também seu cão, qual patrão não ama seus bons operários, qual colono não ama seus fiéis indígenas? O oficial que perdeu vinte homens os amava e fazia amar”. (VEYNE, 1985, p.62)
Os escravos desempenhavam diferentes papéis na sociedade romana, não apenas na produção, mas também na economia, na política e na cultura. Alguns escravos certamente eram mais poderosos que muitos homens livres. Mesmo que se tenha certa hierarquia entre os próprios escravos todos são tratados da mesma forma pelo senhor.
“Só que a intimidade desse vínculo é desigual, e nisso as diversas condições de todos os escravos, tão desiguais entre si, têm algo de idêntico que impede a escravidão de ser uma palavra vã; poderosos ou miseráveis, todos os escravos são tratados no mesmo tom e com