anti globalizacao
A eleição alemã de domingo colocou os primeiros negros, um ator e um químico, e uma muçulmana, noParlamento do país que, além de ser a capital industrial, também se afirma como o centro cultural da Europa. Eles estão entre os 34 deputados de origem estrangeira eleitos, contra 21 do último pleito.Nascido no Senegal, o químico negro Karamba Diaby reconhece que sua eleição foi um fato histórico.
Após ganhar uma bolsa de estudos, ele se mudou para a cidade de Halle, na antiga Alemanha Oriental,em 1986, para estudar química na parte comunista do país. Só em 2001, porém, Diaby recebeu a cidadania alemã. Ele afirma que a prioridade de seu mandato na
Câmara dos Deputados será a igualdade deoportunidades de educação no país. - Toda criança nascida na Alemanha deve ter a chance de ser bem-sucedida na escola, independente do contexto cultural ou da renda de seus pais - disse ele, que tem51 anos.
Seu partido, o Social Democrata, teve 25,7% dos votos e é provável que faça algum tipo de aliança com a União Democrata Cristã de
Angela Merkel. Já a muçulmana Cemile Giousouf e o ator negroCharles Huber vêm da legenda da chanceler reeleita.
Filho de um diplomata senegalês com uma alemã, Huber tem 56 anos e participou do filme americano de ficção científica de 1985,
“Inimigo Meu”. Ahistória trata de um terráqueo e de um alienígena cujas naves caem num mesmo planeta e, para sobreviver, precisam se unir.
Também da União Democrata, Cemile Giousouf, se transformou na primeiraparlamentar muçulmana de seu partido. Nascida na
Alemanha de pais Gastarbeiter - em sua maioria trabalhadores turcos com visto temporário -, ela foi enviada para ser criada por um