Antes Da Obra A Tomada De Consci Ncia
Antes da Obra, a Tomada de
Consciência
A insensatez hoje opera dentro de uma normalidade assustadora na qual a origem está imersa em um ciclo vicioso que beneficia minorias suicidas. Aquele que apunhala oferece algodão doce para atrair as criancinhas às mordaças do modelo inconsequente do progresso da modernidade. A crise do saber alimenta essa engrenagem do submundo onde tudo parece ser maravilhoso, quanto mais prático, melhor. Tudo pronto, vamos curtir, enjoy it. Os temidos lobos, lobistas e lobisomens assombram o rebanho dos comuns por trás dos monitores, assistindo os coitadinhos lutarem pela sobrevivência de maneira desleal.
Covardes! Ricos na ilusão, uma força descomunal alimenta seus patrimônios e suas vaidades.
Quanto mais humilhação, maior o poder. Quem falou em sacrifício? Os que não querem ser a bola da vez é só pagarem por um acento na arena. Dos seus logradouros palacianos, ordenam atirar as multidões ao combate. Organizemse! Prontos para a carnificina? Já! Aos vencedores as batatas. Ah, que fantástico! Queremos manter tudo assim e pronto. Ninguém poderá nos punir, ninguém. Alguém vaiou da arquibancada. Tragamno, tiraremosno de circulação, façam a manutenção imediatamente, troquem a atração. Luzes, música, muita gente bonita, dancem, rebolem, isso e aquilo, quanto mais melhor, não temos tempo a perder, vamos embriagar os olhos de quem não enxerga, são a absoluta maioria com certeza.
Estamos no controle, seremos adorados pelo grande público e por isso somos importantes.
Conseguimos incomodar a mísera minoria que nos vêem. Não damos a mínima a eles pois se nos ameaçarem, faremos sua ruína, por tudo o que é mais sagrado, por sua imagem e pela semelhança da nossa verdade. Da razão, portanto. É isso o que sempre será! Porque assim desejamos do