Ant gona

CRÍTICA

Na obra Antígona podemos enxergar com clareza que o conflito entre os principais personagens ocorre em torno do Direito Natural e do Direito Positivo.
Antígona, ao ver que seu irmão Polinices não teria o simples direito de ser enterrado dignamente, apenas por um decreto que o rei Creonte havia proclamado, resolve afrontar o rei, passando por cima de uma ordem direta, mesmo sabendo das punições que a aguardava.
Antígona defendia o fato de que todos são iguais perante as leis dos deuses, e com isso não cabia a Creonte a decisão de impedi-la de realizar o enterro de seu irmão.
Entende-se por Direito natural os costumes e tradições aceitos em determinada sociedade. Constitui-se de princípios fundamentais que não mudam, são permanentes e eternamente válidos, independente da legislação, como por exemplo o direito à vida.
Já a visão de Creonte está voltada para o Direito Positivista, onde a ideia era que a sociedade só viveria em paz através de suas ordens, um poder absoluto e centralizado. Creonte afirma que suas ordens devem ser obedecidas sem questionamento, quer seus atos estejam justos ou não.
Entende-se por Direito positivo o conjunto de princípios e regras que regem a vida social de determinado povo. É um direito baseado em leis postas por governantes.
Hemón, filho de Creonte, não concorda com as atitudes de seu pai e tenta convence-lo da importância de ouvir o povo, que mesmo estando a favor de Antígona, não questionavam as ordens do rei por medo de serem castigados. Hemón tinha um ideal democrático e de acordo com as leis, as quais eram baseadas no Direito Natural.
Podemos observar que a atitude de abuso de poder do rei não beneficiou sua sociedade, fazendo com que eles, ou seja, o povo apenas acatasse tal ordem por medo, já que não havia outra alternativa.

“A lei universal é a lei da natureza. Pois, existe uma justiça natural e uma injustiça que é comum a todos, mesmo para aqueles que não têm associação ou contrato um com o outro. Como por exemplo a