Anos 70
Década de 70
O milagre econômico tenta encobrir o clima de tensão de repressão do regime militar. Enquanto as farmácias vendem testes rápidos de gravidez, fraldas descartáveis e absorventes internos, as mulheres ganham um Dia Internacional, direito ao divórcio e estabilidade no emprego durante a gestação. A noite brilha: pistas de dança, Bee Gees na vitrola e roupas cintilantes dão o tom da nova onda disco, que invade o planeta. Os brasileiros se rendem à música de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e aos extravagantes Secos & Molhados. No cinema, Guerra nas Estrelas e Os Embalos de Sábado à noite estouram bilheterias. Na TV, Malu Mulher quebra um tabu ao retratar as dificuldades de uma jovem que decide terminar o casamento e recomeçar a vida. Os revolucionários dos anos 60 começam a se acalmar nos 70. O ritmo da moda acelera-se consideravelmente. A abundância de invenções e proposições novas, que emergia no decorrer da década anterior, se racionaliza e vai transformar irreversivelmente a rua, a mentalidade, o chique e a aparência. No decorrer dos anos 70 impõe-se uma evidência: o talento deve reivindicar sua identidade. Dessa maneira nascerá o movimento "jovens criadores" - juventude revolucionária. O fenômeno Hippie nasce. Algodões estampados com pequenas flores, anáguas com encaixes de renda, chapéus de palha adornados com flores, cabelos pré-rafaelistas, suavemente ondulados. O Oriente exerceu influência e sedução mas o domínio foi o do "flower power-hippie", em San Francisco, EUA. Os jovens vestem jeans bordados com flores, pantalonas tipo "oxford" e saias longas e vaporosas até o chão. Inicia-se o domínio de materiais mais sinuosos e suaves, tecidos para todos os tipos de roupas e peças coladas ao corpo, realçando a silhueta natural, sonhadora, romântica. As mulheres agora estão ocupando os mesmos cargos dos homens, com isso surgem as roupas unissex, que são formais com deliberado corte masculino. As nádegas