Ano da fé
Contemplarmos Nossa Senhora como “morada de Deus” é tomarmos consciência da dignidade da pessoa humana, enquanto habitação do Espírito Santo.
De modo especial, Maria é o templo de Deus por excelência, ela é a Arca da Aliança. Ela trouxe em seu seio imaculado, o próprio Filho de Deus. De tal forma amou o Pai e guardou as palavras do seu Filho que, o Filho e o Pai vieram a ela e nela fizeram sua morada.
Ao concebermos Maria como habitação do Sagrado, compreendemos o quanto Deus nos ama, apesar de nossa condição frágil.
É impossível nos aproximarmos de Maria sem nos aproximarmos de Jesus. Maria nos leva a Cristo. Ela é toda cercada de santidade que a envolve e plenifica. Por isso, junto de Maria somos banhados pela luz do Espírito Santo que a cumulou de graça. Em toda a Sagrada Escritura não há mulher que tenha sido agraciada dessa maneira a ponto de ter sido convidada para ser a mãe do Filho de Deus. O Concílio Vaticano II nos diz: “Maria foi plasmada e feita uma nova criatura pelo Espírito Santo... Pelo que nada há de estranho em chamar a Mãe de Deus de totalmente santa e imune do pecado... Enriquecida desde o primeiro instante de sua concepção com o resplendor de uma santidade inteiramente singular”. São Lucas nos relata: “O Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1, 34). Aqui, o evangelista nos apresenta Maria como uma nova tenda do encontro de Deus com a humanidade. Coberta pela sombra do Altíssimo, Maria se torna o santuário onde Jesus toma imagem visível.
Ao nos aproximarmos de Nossa Senhora, entramos no templo do Senhor, onde está o primeiro tabernáculo que Jesus habitou por nove meses. Em Maria, Deus encarnado visita seu povo.
Entre todos os santos, a santíssima Virgem Maria resplandece como modelo de santidade e de espiritualidade eucarística.
Maria está de tal modo, ligada ao mistério eucarístico que mereceu que o Papa João Paulo II a chamasse de “Mulher Eucarística”. Ela viveu este espírito eucarístico antes que o