Ano bissexto
Em nosso calendário, os anos têm 365 dias e os chamados anos bissextos têm um dia a mais. Atualmente, são anos bissextos aqueles indicados por um número divisível por 4 que não termine em 00 ou, se terminar em 00, que seja divisível por 400.
Mas ... de onde veio essa regra?
Achei a resposta no excelente livro de Roberto Boczko, Conceitos de Astronomia, Editora Edgard Blücher, da qual faço aqui um resumo.
Em épocas remotas, o ano tinha 365 dias. Com o passar do tempo, entretanto, percebeu-se que as estações aconteciam em datas diferentes de ano para ano. Isto significava que o tempo para a Terra completar uma volta em torno do Sol não era de 365 dias e a defasagem estava se acumulando.
Para corrigir isso, um astrônomo, no ano 238 a.C, sugeriu o acréscimo de 1 dia no calendário a cada 4 anos. Sua sugestão não foi aceita.
No ano 46 a.C, Júlio César, sob a orientação do astrônomo Sosígenes, resolveu fazer esse acréscimo: o ano 46 a.C. teve 80 dias a mais, para corrigir os desvios acumulados e o ano 45 a.C. foi bissexto, isto é, teve 366 dias. Mas só a partir do ano 8 da era cristã é que as intercalações desse dia a mais passaram a ser feitas rigorosamente de 4 em 4 anos.
O ano Juliano considerava, então, que uma volta da Terra em torno do Sol levasse 365 dias +
1/4 (= 365,25).
Com o passar do tempo, entretanto, voltaram a surgir defasagens, com certas implicações nos ritos religiosos. Os astrônomos, melhorando seus conhecimentos e seus instrumentos, concluíram que a volta da Terra em torno do Sol durava 365,2425 dias.
Em vista disso, em 1582, o papa Gregório XIII propôs uma reforma no calendário Juliano. Sendo
a correção deveria, ser de 1 dia a mais a cada 4 anos, menos 1 a cada 100 e mais 1 a cada 400.
Daí a regra válida atualmente.
Para corrigir discrepâncias que já ocorriam, foram descontados 10 dias no mês de outubro de 1582. O ano de 365,2425 dias passou a ser chamado ano Gregoriano.
Acontece que a precisão dos