Anita
Em 1914, após regressar ao Brasil Anita Malfatti viajaria para os Estados Unidos onde teve oportunidade de matricular-se na Art Students League, uma associação desvinculada do academicismo escolar. Ali, pôde dar “asas” à liberdade e sua criação eclodiu com força o que é representado em suas produções. Neste período a arte de Anita Malfatti assume um brilho singular.
Consagrada, Anita retorna ao Brasil e, segura de sua arte, realiza, em 1917, uma exposição individual. As concepções de arte de Anita Malfatti representavam algo novo para os padrões da época e o “novo”, de modo geral, assusta, portanto, assim se explica as críticas por ela enfrentadas. O que Anita entendia por arte em nada se assemelhava ao que a Academia denominava, então, como arte. Ao contrário, se contrapunha às regras e voltava-se para o expressionismo e não era isso que se esperava.
A maneira como ela percebia a arte veio “desarrumar” o que era aceito. Para ela, porém, não era somente o que era belo que existia. O feio fazia parte da realidade e era por ela retratado em sua arte. Era a expressão que se fazia presente porque era assim que Anita percebia a arte. Suas pinturas – modernas – tinham, portanto, motivos para causar desaprovação.
A exposição - considerada um escândalo por representantes da sociedade de então - traria conseqüências desastrosas para o futuro artístico de Anita Malfatti. Bombardeada pelas críticas vindas não dos inimigos, mas, justamente dos que acreditava serem aliados, Anita,