animação
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS Técnicas de Animação
Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma profundidade e a um ritmo nunca visto, graças a acções realizadas por vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…). Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o que origina uma redução do tempo passado em família e, por consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde uma idade muito precoce. As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição). Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições). Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências. Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão ignorante que não tenha nada para ensinar. Na actual sociedade, onde a educação deve ser permanente e comunitária, o processo educativo rejeita o modelo de escola/armazém, valorizando a partilha de saberes entre os diferentes contextos de aprendizagem, assim como a interacção com o meio envolvente. Deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e o plano