Animação na terceira idade
P. 395 Soluções aos problemas do Terceiro Mundo são soluções políticas, e remetem sempre à uma questão central: a forma de governo adotada por cada país e, consequentemente, a autoridade responsável pela decisão última que é sempre uma decisão política. As reivindicações atuais sobre a forma de governo desejada na África não dão lugar a dúvidas. Já não se trata de uma democracia em termos gerais, mas da democracia pluralista e, se em muitos casos é reivindicado simplesmente o pluripartidismo/multipartidismo, isto se deve ao fato de este ser o critério revelador e mais aparente da democracia pluralista. [Fim da página: exemplos de países africanos em que a democracia pluralista deu certo, e em que deu errado.] É justificado o medo de que o fenômeno seja passageiro e de que as forças antidemocráticas voltem a recuperar o espaço perdido? Frente a este perigo que é necessário evitar, quais seriam as condições que permitiriam consolidar o pluralismo democrática na África?
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I – A aparição do pluralismo democrático em África Para compreender o surgimento do pluralismo democrática em África, é necessário responder a duas perguntas: i) quais as origens da denominada “revolução democrática” africana?; e ii) quais são as estratégias para sair das ditaduras, e os planos de transição à democracia, oferecidos pela África?
As origens da revolução democrática: Muitos analistas estabelecem, com razão, uma relação entre a revolução democrática em África e as profundas transformações ocorridas na Europa Oriental. De fato, as mudanças nos países do Leste puderam influenciar a evolução da África. Por exemplo, ao não servirem os países do Leste como modelo do socialismo, o fim de seus regimes desalentou os países africanos de orientação marxista. No entanto, esta relação deve ser reduzida a suas devidas proporções. As mudanças nos países do Leste somente aceleraram um processo na África que já havia sido