animais selvagem
No campo da História da Educação, a bibliografia acessível ao leitor brasileiro é extremamente pobre. Tínhamos à disposição dois livros nesse terreno: um antigo e já bastante surrado compêndio francês, escrito por Gabriel Compayré, e as Noções de História da Educação, de Afrânio Peixoto. Já quase no fim do curso, apareceu nas livrarias da minha terra, que naquela ocasião eram quatro, e eu acho que ainda são outro livro da Historia da Educação, que foi um sucesso de Paul Monroe.
O autor considera a educação como um fenômeno social de superestrutura e, portanto, defende, ao longo de toda a obra, a ideia de que os fatos educacionais só podem ser convenientemente entendidos quando expostos conjuntamente como uma analise sócio econômica das sociedades em que têm lugar. Assim, juntamente com a apresentação dos fatos educacionais e com a exposição das concepções filosófico educacionais, o autor procura sempre, e às vezes com rara felicidade, fazer uma análise da subestrutura econômica da sociedade correspondente. De fato, lendo-se o trabalho de Aníbal Ponce, percebe-se claramente a existência de uma ideia central ao longo de toda obra. Ele defende uma ideia e uma tese, mostra através dos sucessivos capítulos através dos diversos povos e das diferentes épocas, que a principal característica da educação, desde o aparecimento da sociedade dividida em classes. No inicio dos tempos propriamente históricos, que pode ser encontrada numa progressiva popularização da cultura. Nessas condições o estudo da Historia da Educação é inesperável do estudo dessas lutas mantidas pelas classes desfavorecidas contra as classes dominantes, no sentido de conquistarem o direito sagrado de se