ANIMAIS EM EXTINÇÃO
Estudos realizados pelo Laboratório de Mamíferos Marinhos da FURG* - com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza* - indicaram que, desde 2011, quantidades elevadas de toninhas têm sido capturadas acidentalmente por essa prática pesqueira. "Como a toninha é pequena e tem hábito costeiro, é muito vulnerável a esse tipo de pesca", ressalta Emanuel Carvalho Ferreira, pesquisador-chefe do projeto que investiga a mortalidade das toninhas na costa sul do Rio Grande do Sul.
A fim de compreender melhor a espécie, a FURG promove pesquisas com as toninhas desde 1990. Em 2011, foram iniciadas as pesquisas focadas na mortalidade desses animais envolvendo o emalhe, o que as colocou na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Durante a coleta dos dados, os pesquisadores descobriram que, como o tempo de espera da prática do emalhe é longo (de 12 a 14 horas) e as redes são extensas (podem chegar a 30km de comprimento), outras espécies que não são o foco da pescaria, como é o caso das toninhas, são capturadas.
Por conta dessa prática abusiva - e que deveria ser proibida! -, foram adotadas algumas medidas de prevenção e proteção, principalmente na região do Brasil. Entre elas, a criação do PAN Toninha - Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo Toninha*. Para os cientistas, a primeira medida importante para que se comece a obter resultados positivos, é a redução do tamanho da rede de emalhe para sete quilômetros. "Essa medida precisa ser tomada imediatamente! 30 km de rede torna a situação insustentável, tanto para a toninha quanto para qualquer outra espécie capturada nas pescarias", explica Ferreira. Outro passo importante foi o trabalho de conscientização