Angelologia
Permita-me compartilhar com você a história que ouvi contar.
Certa vez um cristão devotado ao seu sentimento de evangelizar, dedicou-se à distribuição de literaturas. Uma a uma ele as distribuía aos transeuntes.
Em uma ocasião, na qual saíra para realizar seu trabalho, encontrou um rapaz: Porte fino e elegante, bem vestido, boa fala, com passos firmes e apressado e uma expressão de quem sabe para onde vai.
A princípio titubeou em abordá-lo, pois a atitude do moço dava sinais de que não queria ser importunado. Mas a missão de entregar literatura devia ser levada a todos e aquele moço não poderia passar despercebido.
O evangelista aproximou-se do jovem e estendeu-lhe a mão, entregando-lhe um Novo Testamento, desses pequenos, tamanho de bolso. Diante disso o jovem parou, mirou-o por um instante e pegou o livro. Abriu, folhou pra lá, folhou pra cá e, finalmente, interrompeu o silêncio com as seguintes palavras: “Esse livro é feito com folhas bem macias, parecem de seda". E logo devolveu-o.
Pegue, leve-o consigo. Tornou-lhe o cristão.
“Está bem, só quero advertir-lhe de uma coisa, eu vou levá-lo, mas vou fumar todas as páginas”. Após essas palavras o jovem apressadamente seguiu seu caminho.
O final da história é tão interessante e surpreendente quanto a forma como ela desenrolou-se, e só o conhecemos graças ao jovem, aquele que passava apressado pela rua, pois é dele o relato a seguir:
“Eu realmente levei a sério a minha promessa e, dia a dia, destacava as folhas do Novo Testamento para fazer o meu cigarro.
Entretanto, não consegui fumá-lo até o fim, só fumei o Novo Testamento até a porção do Evangelho onde diz: “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16)".
Ao ouvir tal relato, passei a pensar muitas coisas, dentre elas, em qual seria a minha reação se, ao entregar um Novo Testamento a alguém, essa pessoa me