Anemia ferropriva na infancia
A anemia por deficiência de ferro é a mais comum das carências nutricionais, com maior prevalência em mulheres e crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Crianças entre seis e 24 meses apresentam risco duas vezes maior para desenvolver a doença do que aquelas entre 25 e 60 meses (OSÓRIO; MÔNICA M; LIRA PI; BATISTA FILHO; ASHWORTH, 2001). Após seis meses de idade as crianças são mais vulneráveis à anemia ferropriva devido ao esgotamento das reservas de ferro provenientes da gestação e da baixa ingestão pela dieta (LENER, 1994). Nesse período há aumento da demanda orgânica por ferro em virtude do acelerado ritmo de crescimento, especialmente nos dois primeiros anos de vida. Curta duração do aleitamento materno exclusivo, introdução tardia de alimentos ricos em ferro e consumo insuficiente e/ou inadequado de estimuladores da sua absorção podem ser considerados fatores predisponentes para o desenvolvimento de anemia ferropriva (OSÓRIO; MÔNICA M, 2002).
Considerada um sério problema de Saúde Pública, a anemia pode prejudicar o desenvolvimento mental e psicomotor, causar aumento da morbimortalidade infantil, além da queda no desempenho do indivíduo no trabalho e redução da resistência às infecções (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001).
No país não há pesquisas de representatividade nacional que indique a situação dessa carência nas várias regiões, sendo os estudos existentes pontuais, nem sempre obedecendo a