Anemia Equina
São Paulo. fascículo I, volume I. p. 016 - 023. 1998.
Anemia infecciosa eqüina a "AIDS" do cavalo
Equine infectious anemia the horse's AIDS
Av. Conselheiro Rodrigues
Alves, 966
CEP.: 04014-002
São Paulo - SP
Orencio Maximo de Carvalho Júnior - CRMV-SP nO 0109
Médico Veterinário - Pesquisador Cientifico
Aposentado do Instituto Biológico de São Paulo
I
RESUMO
I
o presente trabalho de revisão apresenta considerações gerais sobre a etiologia da doença, especialmente com seu estreito parentesco com a imunodeficiência humana; aspectos epidemiologicos através da transmissão pelas moscas dos cavalos e de outros materiais; sintomas clinicos nos diversos estágios da doença; imunopatologia; diagnóstico através de provas sorologica e irnunoenzimática; novo tipo de antígeno para a prova de irnunodifusão em gel de ágar. A incidência estimada da anemia infecciosa no Brasil e medida de prevenção e controle são consideradas.
Unitermos: Equino, retrovirus, febre dos pântanos, doença crônica, teste de Coggins
anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma afecção cosmopolita dos eqüinos, causada por um RNA víru do gênero Lentivirus, da família Retrovírus,
CHAIRMAN 4, PAYNES 27. O vírus uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. É conhecida também como febre dos pântanos
("swamp fever"), por que nas áreas pantanosas a população de insetos hematófagos, vetores naturais da natureza é muito grande e os animais ficam mais expostos à contaminação. É uma doença essencialmente crônica embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda. A sintomatologia caracteriza-se por episódio febris, perda de peso, debilidade progressiva, mucosa ictéricas, edemas subcutâneos e anemia COGGINS
5. No Brasil, MANENTE 21 admitiu em 1952, a existência da doença em São Paulo. Somente em 1967 ela foi oficialmente reconhecida através de lesões