ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença infecto-contagiosa crônica de etiologia viral, limitada a equinos, asininos e muares, caracterizada por episódios periódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, depressão, edema e perda de peso crônica. A enfermidade foi inicialmente descrita na França, em 1843, e sua etiologia viral foi determinada em 1904, por Carré e colaboradores. Nos primórdios do século vinte a pesquisa da AIE desacelerou-se devido à inabilidade de se propagar o vírus in vitro, até a década de 60, em que pesquisadores japoneses desenvolveram sistemas bem sucedidos de cultura in vitro de leucócitos. Devido ao reconhecimento de que várias doenças humanas, incluindo leucemias e, mais notavelmente, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), são causadas por retrovírus, o grupo dos retrovírus animais passou a ser intenso assunto de estudos científicos. A AIE gera embargos ao trânsito de equídeos, além de interferir nos eventos esportivos equestres, assumindo assim uma relevância econômica considerável. O estudo dos aspectos biológicos, epidemiológicos e profiláticos da doença se apresenta fundamental para resolução destes entraves, e consequentemente para o sucesso da equinocultura de qualquer país ou região onde a mesma se faz presente. 2. DESENVOLVIMENTO:
2.1. ETIOLOGIA
A AIE é causada por um RNA vírus da família retrovírus. O írus uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não apresentar manifestações clínicas.
É bastante resistente, sobrevivendo por 30 a 60 minutos quando exposto à luz solar e por 15 minutos pelo menos quando fervido, sendo estável a baixas temperaturas, podendo ser estocado a –20ºC por longos períodos sem perder sua infectividade; os desinfetantes mais ativos contra ele são os solventes inorgânicos (éter e álcool, por exemplo).
2.2. PATOGENIA
O vírus da AIE tem uma estreita similaridade com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). O vírus sofre