Andrea Palladio e Gian Lorenzo Bernini
As primeiras atividades do jovem Andrea di Pietro dalla Gôndola em direção à sua formação, se realizam ainda em Padova, cidade de seu nascimento. Aos treze anos de idade, vai trabalhar junto a oficina de Bartolomeo Cavazza da Sossano um canteiro padovano, confeccionando elementos arquitetônicos de decoração. Oficina onde permanece por aproximadamente três anos quando em 1524 rompe seu contrato, foge e vai para a cidade de Vicenza onde procura se estabelecer. Começa a trabalhar como aprendiz e depois passa a assistente de Giovanno da Pedemuro e Girolamo Pittoni. Escultores de muito prestígio na época e responsáveis por grande parte dos monumentos sepulcrais e decorações escultóricas realizadas naquele período na cidade de Vicenza. Palladio permanece alí durante quatorze anos.
Aos trinta anos, em 1538 é convidado a trabalhar no canteiro de uma vila situada na periferia da cidade. Durante as obras dessa vila em Cricoli, seu proprietário Giangiorgio Trissino (1478-1550) apaixonado pelo trabalho de arquitetura, acompanha de perto os trabalhos realizados em seu canteiro, ocasião em que fica conhecendo Andrea. Giangiorgio Trissino escrevia obras teatrais e de poesia, era estudioso de filologia, humanista e à época um dos mais ilustres intelectuais vicentinos, interessado em literatura tanto quanto em teoria da arquitetura. Responsabilizava-se pela educação de um grupo de jovens aristocráticos no interior do qual procura acolher também Andrea. Será ele próprio a escolher o sobrenome de Palladio6 e a orientá-lo em sua formação cultural calcada sobretudo no estudo dos clássicos.
Outras figuras também exerceriam bastante influência sobre a formação de Palladio como Alvise Cornaro7 e o pintor veronese Falconetto8 . Cornaro, com a colaboração de Falconetto, projeta e constrói, no pátio-jardim de seu palácio uma loggia datada de 1524 e em 1530, um Odeon para concertos musicais. Estes projetos além de impressionar Palladio, representam as primeiras