Ancorados pela experiencia
É comum nas empresas, principalmente as médias e pequenas, levar em consideração o tempo de experiência dos profissionais na hora da contratação.
Porém é preciso avaliar muito bem os riscos que se escondem por trás de experiências.
Todos os dias encontramos profissionais, principalmente da área de vendas dizendo:
- Estou nesse ramo desde mil novecentos e “bolinhas” e nunca vi as coisas tão ruins como estão atualmente!
Mas, de quem é a culpa?
-Ah! do mercado, o mercado oscila muito, é muito cheio de altos e baixos, e olhe, pela minha experiência vejo que as coisas não vão mudar tão fácil. (humm, isso é óbvio)
E continuam fazendo tudo do mesmo jeito e esperando resultados diferentes.
Um dos nossos maiores desafios na atualidade é aprender a desaprender.
Não que a experiência seja irrelevante, mas não devemos confiar que razões que nos levaram ao sucesso no passado vai nos garantir sucesso para sempre.
Em um trecho do livro Atitudes Vencedoras de Carlos Hilsdorf, Editora Senac, o autor nos leva a refletir sobre o paradoxo da experiência.
Segundo o autor a experiência se torna uma espécie de “armadilha” psicológica.
Nesse paradoxo, pode-se dizer que quanto mais experiência temos, tornamos menos experientes.
Quando confiamos demais na experiência nos tornamos mais tradicionais, menos ousados, desatentos e consequentemente menos experientes.
O autor cita exemplos:
No transito, a grande maioria dos acidentes com vitimas ocorre nas proximidades da residência do motorista.
Devido ao paradoxo da experiência, quando dirigimos em uma cidade desconhecida nossa atenção está 100% alerta, mas quando estamos perto de casa, a sensação de experiência, de domínio, de conhecimento diminui a nossa concentração e aumenta os riscos.
Da mesma forma nas empresas, segundo dados das comissões interna de prevenção a acidentes (CIPA) o índice de acidentes graves é maior nos grupos de funcionários mais antigos do que