Anatomia
Neuralgia do trigêmeo, ou nevralgia do trigêmeo, provoca uma dor absolutamente inesquecível. É uma dor muito, muito forte que atinge um lado da face, dura segundos e desaparece. O problema é que ela geralmente volta com grande intensidade, em intervalos de tempo variáveis.
A neuralgia do trigêmeo se distribui segundo três territórios especiais: a região frontal que toma a órbita ocular e parte do nariz (em vermelho na Imagem 1), a região malar que se estende até a asa do nariz e parte do lábio superior (representada em verde) e a região temporal que passa pelo lado do ouvido e acompanha a mandíbula ou maxilar inferior (em preto na imagem). A imagem 2 mostra os territórios de distribuição dessa dor vistos de perfil.
O nervo trigêmeo, um par de nervos cranianos, recebe esse nome porque tem três ramos: o ramo oftálmico, o ramo maxilar (acompanha o maxilar superior) e o ramo mandibular (acompanha a mandíbula ou maxilar inferior). Como vários outros nervos da face, é um nervo sensitivo que controla as sensações que se espalham pelo rosto. Por isso, a dor se distribui de acordo com o ramo acometido.
Como aparece mais na população idosa, acredita-se que a bainha de mielina que envolve os nervos se perca com o passar do tempo. É um processo degenerativo. Assim como um fio que perdeu a capa envoltória isolante, em determinado ponto ocorre uma descarga elétrica. Portanto, a neuralgia do trigêmeo resulta provavelmente da perda da bainha de mielina que envolve o nervo trigêmeo e que, depois de perdê-la, pode sofrer descargas elétricas. É assim que a explica o paciente que se refere a um choque, a uma dor semelhante a uma fisgada, a uma pontada num dos três territórios da face por onde passa o nervo trigêmeo.
Não existe explicação lógica para os episódios de dor.
As pessoas que tiveram neuralgia do trigêmeo nunca mais esquecem da dor que sentiram. Elas são capazes de relatar com detalhes o dia e as circunstâncias do