Anatomia
O cálcio é o quinto elemento mais comum na natureza e o cátion de maior prevalência no organismo humano. O organismo humano apresenta aproximadamente 1Kg de cálcio distribuido em três compartimento: tecidos mineralizados (esqueleto e dentes), tecidos moles e fluídos extracelulares. Esqueleto e dentes contêm 99% do cálcio do corpo humano, o qual predomina na forma de cristais extracelulares, de estrutura desconhecida e composição aproximada a da hidroxiapatita ([Ca10(PO4)6(OH)2]). O cálcio solúvel está presente em tecidos e fluídos biológicos na forma de cálcio livre e ligado a proteínas e diversos ânions. A fração do cálcio complexada a proteínas e a ânions se mantendo em estado de equilíbrio dinâmico com o cálcio livre. Embora vários métodos tenham sido utilizados para determinação do cálcio total em fluídos biológicos, somente um número pequeno métodos continuam sendo utilizados em laboratórios de análises. Hoje, são utilizados freqüentemente três métodos para determinação de cálcio em fluídos biológicos: (1) análise fotométrica; (2) titulação de fluorescência do complexo de cálcio com ácido etilenodiaminotetracético (EDTA); e (3) espectrofotometria de absorção atômica (AAS). Os métodos espectrofotométricos tem sido utilizados para determinar o cálcio total, através de reações envolvendo vários indicadores metalocrômicos ou corantes que mudam seletivamente de cor quando ligados ao cálcio. Muitos corantes já foram utilizados com essa finalidade, sendo que hoje em dia, apenas dois indicadores metalocrômicos continuam sendo utilizados amplamente: a o-cresolftaleína complexona (CPC) e o arsenazo III. O indicador O-cresolftaleina complexona, quando na presença de cálcio, forma um cromóforo vermelho em meio alcalino, com absorção máxima na faixa de 570 à 580nm. O meio de reação utilizado para a determinação de cálcio, é normalmente tamponado com uma base orgânica do tipo dietilamina, a qual geralmente é a 2-amino-2-metil-1-propanol