Anatomia Patológica Megacólon tóxico
O Megacólon Tóxico é consequência principalmente da colite ulcerativa e, menos frequentemente, da doença de Crohn. Apresenta-se com acentuada dilatação do cólon, adelgaçamento da parede do intestino, e úlceras profundas.
Na colite ulcerativa típica, a inflamação e a ulceração estão limitadas à mucosa intestinal. Porém, quando esta evolui para Megacólon Tóxico, a inflamação atinge também a camada muscular lisa, podendo levar à lesão neural na parede colônica, paralisando o cólon e causando dilatação acentuada, afinamento da parede do intestino e ulcerações profundas. A preservação da submucosa do cólon e plexos mioentéricos é uma forte evidência contra um processo neuropática.
Na colite ulcerativa, a mucosa e submucosa inflamadas eventualmente sofrem necrose e descamam deixando áreas escavadas. Os segmentos de mucosa e submucosa remanescentes constituem os chamados pseudopólipos. Mesmo após a remissão do processo inflamatório e regeneração da mucosa, os pseudopólipos ficam como seqüela permanente
Já na Doença de Crohn, que caracteristicamente afeta as quatro camadas do intestino, a fibrose leva a estenose de segmentos, podendo levar à dilatação a montante por retenção do bolo alimentar. Nos segmentos afetados, a superfície da mucosa perde o pregueamento e pode apresentar um aspecto mamelonado que lembra calçamento com paralelepípedos. Entre as saliências há fissuras longitudinais são observadas entre as saliências, e podem ser profundas a ponto de atravessar toda a parede. Quando isso acontece, há aderência da serosa com outras alças ou com a parede abdominal, podendo causar fístulas, inclusive com outras vísceras, como a bexiga urinária.
À microscopia, é característica a inflamação aguda em todas as camadas do cólon, degeneração em graus variados e necrose, com substituição do tecido necrótico por tecido de granulação, infiltração de neutrófilos, histiócitos, linfócitos e células