Anarquismo Individualista
A base do anarquismo individualista vem da ideia de um indivíduo totalmente livre, onde se segue um extremo lógico do individualismo liberal. No tronco do liberalismo encontra-se a primazia do indivíduo, e esse individualismo leva à soberania individual, onde a autoridade absoluta e ilimitada está dentro de cada ser humano. Nessa forma de anarquismo conclui-se que uma pessoa não pode ser soberana em uma sociedade onde existam leis e regras impostas por um governo. Individualismo e Estado tornam-se, então, incompatíveis.
Mas, embora esses argumentos tenham inspirações liberais existem diferenças entre liberalismo e anarquismo individual. A primeira é que os liberais defendem a ideia de que um indivíduo não atinge uma liberdade individual sem a presença de um Estado. Sendo assim, seria necessária a existência de um Estado mínimo para garantir que oportunistas não abusem uns dos outros, criando leis que protejam a liberdade, não a restrinjam. Já os anarquistas individualistas creem que pode existir uma sociedade de conduta próspera e harmoniosa por si só, visto que as pessoas podem viver e trabalhar em conjunto de maneira construtiva, já que humanos são seres racionais e morais. E, onde houver conflito, este seria resolvido por meio de arbitragem ou debate, nunca havendo violência.
A segunda diferença é que os liberais defendem um possível controle sob o governo através de instituições constitucionais e representativas. Ideia esta repudiada por anarquistas, que acreditam que o constitucionalismo e a democracia são simples maneiras de disfarçar a opressão política do Estado. Sendo assim, todos os Estados seriam uma ofensa à liberdade individual.
Egoísmo
De acordo com as obras de Max Stirner, em sua obra “O único e sua propriedade”, o termo “egoísmo” pode ter duas acepções: Pode sugerir que os indivíduos se ocupam de seu ego ou que têm seus próprios interesses e são oportunistas. Interesses pessoais estes que poderiam gerar conflitos