aNALISE SOBRE MODERNIZAÇÃO AGRICOLA
O processo de modernização da agricultura iniciou-se ao longo dos séculos XVIII e XIX, em várias extensões da Europa, influenciado por fortes mudanças econômicas, sociais e tecnológicas. Pode-se dizer que foram estas mudanças que proporcionaram a chamada “Revolução Agrícola”, cujo movimento foi essencial para a eliminação do feudalismo e surgimento do capitalismo. (VEIGA, 1991).
No Brasil, o processo de modernização iniciou-se na década de 50, com as importações de máquinas e equipamentos mais avançados para a produção agrícola. Com objetivo de maximizar a produção do País, bem como a de substituir as importações, na década de 60, incorporou-se no País um setor industrial. Nesta mesma década, iniciaram-se diversos debates entre estudiosos para tentar compreender e explicar as transformações ocorridas na agricultura a partir da implantação de tecnologia e seus efeitos no processo produtivo da pequena produção familiar, estimulada pela modernização e expansão do capitalismo no campo. Assim, pretendia-se passar de uma agricultura tradicional, totalmente dependente da natureza e praticada por meio de técnicas rudimentares, para uma agricultura mecanizada.
A década de 1960 marcou o início de um novo modelo econômico brasileiro, substituindo o chamado modelo de substituição de importações pela modernização do setor agrário e formação do Complexo Agroindustrial. O novo modelo apoiava-se na oligarquia rural preocupada com as tensões no campo geradas pelos movimentos sociais e nos setores mais modernos do capital urbano interessados na ampliação do seu raio de atuação.
Em 1964, foi criado o Estatuto da Terra (Lei 4504), que estabeleceu como referência de rearranjo espacial, a gradual extinção do latifúndio e minifúndio, surgindo a denominação de empresa rural (MOREIRA, 1990). Apesar das modificações promovidas na economia brasileira, o crescimento não se deu de maneira uniforme e com a rapidez esperada.