Analise metodológica de malinowski e boas

Bronislaw Malinowski defendia que cada sociedade deveria ser estudada como um “todo”, como um organismo possuidor de uma lógica interna e singular, subdividido através de uma complexa rede de relações entre os indivíduos. E como tal, propõe como metodologia de estudo, o trabalho de campo. Ou seja, Malinowski defendia que “ em qualquer ramo do conhecimento, os resultados de uma pesquisa cientifica devem ser apresentados de maneira totalmente neutra e honesta” sendo que na Etnografia, este é um fator de grande importância uma vez que é este que confere credibilidade ao trabalho efectuado pelos etnógrafos. Logo, é o próprio etnógrafo que terá que ir para o terreno de modo a que conseguia através do seu contacto directo com o “objecto de estudo” produzir conhecimento cientifico válido. Porém, malinowski refere alguns princípios do método que o etnógrafo deve ter em conta, agrupando estes em três intems principais sendo eles como o próprio refere: “em primeiro lugar, como é obvio, o investigador deve guiar-se por objectivos verdadeiramente científicos, e conhecer as normas e critérios da etnografia moderna; em segundo lugar, deve providenciar boas condições para o seu trabalho, o que significa, em termos gerais, viver efectivamente entre os nativos, longe de outros homens brancos; finalmente, deve recorrer a um certo número de métodos especiais de recolha manipulando e registando as suas provas.” Franz Boas defendia, que cada cultura forma um todo coerente e funcional e que cada cultura representava uma totalidade singular e todo seu esforço consistia em pesquisar o que fazia sua unidade. Disto surge a sua preocupação de não descrever, somente, os factos mas compreendelos juntando-os a um conjunto ao qual estavam ligados.
Boas, critica de forma convicta, as ideias de duas vertentes que se encontravam presentes na etnografia da época, sendo elas, as ideias evolucionistas, que afirmavam que as sociedades estavam sujeitas a um processo evolutivo definido por etapas