Analise fisico quimica aplicada a saude
O preconceito e a exclusão dos negros em nossa sociedade dura séculos. Os modelos de escravidão e de inferioridade racial pregados ao longo desse período acabaram por deixar diversas chagas nessa parcela da sociedade. Dessa forma, a vida profissional e a escolaridade dos afro-descendentes foram diretamente afetadas.
Em muitos países, inclusive o Brasil, visando atenuar essas desigualdades, empresas e universidades públicas estão direcionando vagas para várias etnias desfavorecidas através de um sistema de cotas. No entanto, questiona-se a eficiência desse sistema, uma vez que ele acaba por segregar ainda mais os negros dentro da sociedade e afirma de forma clara a inferioridade desses grupos no universo social brasileiro.
Além de inferiorizar as etnias, o sistema de cotas tira o mérito de todos aqueles que se esforçaram na disputa pelas vagas. O problema real é, na verdade, mascarado como uma tentativa ilusória do governo de acabar com o problema. Ilusório, pois a maioria dos negros beneficiados com esse sistema são de classe média e tiveram as mesmas oportunidades que os candidatos inscritos no sistema universal, podendo, assim, disputar vagas num mesmo patamar.
Fazendo-se uma análise mais detalhada do procedimento aplicado na política de cotas, observa-se outra disparidade no modelo brasileiro: suas diretrizes. O Brasil segue as mesmas do modelo aplicado pelos americanos, sem observar contudo que lá as cotas são aplicadas em função da subjetividade dos critérios de ingresso às universidades, não através de uma avaliação dos conhecimentos básicos do aluno (vestibular).
É necessário aprimorar o sistema de cotas para que ele não comprometa o precário sistema de ensino brasileiro. Para resolver o problema, a melhor solução seria uma reforma na educação do país para que todos possam ter as mesmas oportunidades de acesso. Afinal, num país tão miscigenado e com tantas desigualdades sociais, a auto-afirmação não constitui um