Analise dos poemas “Ao desconcerto do Mundo” e “Busque Amor novas artes, novo engenho” de Camões.

574 palavras 3 páginas
São dois poemas de Luís Vaz de Camões, sendo um deles, de medida velha. “Ao desconcerto do Mundo” é estruturado em redondilha maior com sete sílabas (sendo a última, forçada) e estrofe única, diferente do soneto “Busque Amor novas artes, novo engenho” que pertence a medida nova. É um soneto decassílabo, composto por dois quartetos e dois tercetos de rimas interpoladas com sequência ABBA nos quartetos.

Em “Ao desconcerto do Mundo” o eu-lírico relata como sempre vira pessoas boas passarem por situações de dificuldade, enquanto pessoas “más”, conseguiam dar se bem na vida.

“Os bons vi sempre passar

No mundo graves tormentos;

E para mais m´espantar,

Os maus vi sempre nadar

Em mar de contentamentos.”

O eu-lírico aparenta pensar que, os bons nunca serão felizes por terem consciência do que é certo ou errado a se fazer, já os maus, como não importam se com as consequências, conseguem o que querem, da forma que for preciso.

“Fui mau, mas fui castigado:

Assim que, só pera mim

Anda o mundo concertado”

No trecho acima, pode se notar que o eu-lírico tentou “ser mau”, porém, fora então castigado, seja lá por sua consciência, falta de sorte, ou até mesmo, por outras pessoas. No poema pode se notar certa nota de realismo, antônimos, o bem e o mal/ a sorte e o azar de que algumas pessoas carregam consigo em vida.

Já no soneto “Busque Amor novas artes, novo engenho”, o eu-lírico mostra se como alguém “desiludido”, que não espera muito de qualquer coisa, que não tem grandes anseios ou até mesmo esperanças, isso pode ser confirmado no trecho a seguir.

“Que não pode tirar-me as esperanças,

Que mal me tirará o que eu não tenho.”

O eu-lírico expressa no verso “Que não temo contrastes nem mudanças” que ele está preparado para o que quer que possa acontecer consigo, mas ainda assim, continua firme em seu amor, mesmo sem ambições sob o mesmo.

“Mas, enquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que

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