Analise do texto- Os reacionários e a criminalização da pobreza: O exemplo do Setor Sonho Real – Goiânia.
A criminalização da pobreza é fruto da prática sensacionalista dos grandes monopólios de comunicação, pois o Estado difunde através de sua mídia abusiva a crença de que a criminalidade é conseqüência da pobreza. O que vemos hoje em dia nos noticiários e estampados nas capas de jornais, é que as favelas são verdadeiras fábricas de marginais e que a culpa da violência esta nos favelados. Essa visão propagada pelas grandes mídias e reafirmada pelo Estado, de que todo pobre é marginal, cada vez mais se espalha pela sociedade e é a principal estratégia para legitimação do Estado penal. No governo de Lula, por exemplo, foi aprovada uma lei de desarmamento, criminalizando o porte de armas em nome de uma suposta busca pela paz. Mas essa lei foi aprovada graças à intensa campanha da mídia sensacionalista, mostrando o povo pobre tanto da cidade e do campo como verdadeiros marginais, promotores de violência e instabilidade social. Segundo o Estado reacionário é necessário “proteger” a população, e essa proteção só será alcançada com o fortalecimento das polícias, aumentando suas armas e seus recursos de repressão. Na cidade o Estado adota uma política de “tolerância zero”, na qual tudo que o pobre faz é proibido, não podem lutar por melhores salários, e se começam a vender produtos na rua para aumentar a renda familiar, são acusados de contrabando e sonegação fiscal; não podem fazer passeatas, senão estão atrapalhando o direito de ir e vir. Estes exemplos ilustram a grande demagogia do mundo imperialista, nosso país afunda na miséria, os impostos cobrados são mais da metade do salário mínimo de um trabalhador, enquanto para os ricos não significa nem 1/3 de sua renda mensal. E para o Estado não existe trabalho, nem bico, pois qualquer outra forma que o pobre arrume para sobreviver é transformada em crime. No mandato de César Maia, no Rio de janeiro, foi armada uma