ANALISE DO SETOR SUPERMERCADISTA BRASILEIRO
Organização Industrial
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Haroldo J. Torres da Silva ; Raphael L. Tristão ; Márcia Azanha F. D. de Moraes
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Graduando em Ciências Econômicas – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP);
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Orientadora, Professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ/USP.
1. Objetivos
Os supermercados são importantes não só como principal canal de abastecimento alimentar, mas também como grande gerador de empregos. Trata-se de um setor cujo faturamento em 2010 foi de, aproximadamente,
202 bilhões de reais, equivalente a 5,5% do
PIB do país.
Este trabalho tem como objetivo analisar a evolução da concentração do setor supermercadista brasileiro, principalmente em função dos recentes processos de fusões e aquisições, que alteram a concentração e desempenho do mercado.
2. Materiais e Métodos
O arcabouço teórico é de Organização
Industrial (OI), especificamente do modelo de
Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD), que busca explicar através das características da estrutura de mercado seu desempenho econômico. Quanto mais concentrado o mercado, maior a possibilidade de exercício de poder de mercado
(Carlton; Perloff, 2000). Para estimar a concentração, calculou-se a Razão de
Concentração (CRk) com base no faturamento bruto anual das k maiores empresas do setor.
Foram utilizados os dados disponibilizados pela revista SuperHiper, em especial o Ranking
Abras,
da
Associação
Brasileira de Supermercados.
O
mercado relevante geográfico considerado foi nacional.
3. Resultados
A Tabela 1 fornece indícios de aumento da concentração de mercado, que pode ser considerado um oligopólio com franja competitiva, visto que as três maiores empresas participavam, em 2009, com cerca de 40% do faturamento bruto do setor.
As alterações nas razões de concentração
(CRk) estão associadas ao processo de expansão do setor, cuja