Analise Do Livro Didatico
PRÁTICA DE ENSINO DE QUÍMICA IV –
ANÁLIS DO LIVRO DIDÁTICO
1.0 – Introdução O livro didático é um dos recursos mais utilizados pelos professores em sala de aula, senão o único, quando determina a organização dos conteúdos, atividades e questões, que deveriam ser preparadas pelo professor, conforme sua análise sobre o andamento da turma. Seguir a sequência de conteúdos do livro sem inserir nenhuma atividade diferente das que constam no livro, pode diminuir a interação entre professor e alunos e impedir a inserção de assuntos atuais, locais ou globais, no planejamento das aulas, pois por não estar no cronograma o professor acaba não sabendo como discutir tais assuntos em sala de aula.
Algumas pesquisas sobre livros didáticos apontam muitos erros, incluindo os conceituais, como aponta Lopes (1992) em um estudo sobre livros didáticos de química que utiliza como fundamento teórico a categoria bachelardiana de obstáculos epistemológicos, entendidos como “entraves inerentes ao próprio conhecimento científico, que bloqueiam seu desenvolvimento e construção” (p.255). Portanto, cabe ao professor observar a linguagem, a metodologia, o tipo de exercícios, entre outros aspectos do material, pois é ele quem faz a escolha do livro de acordo com sua concepção de ensino e de metodologia para o ensino, de forma a poder contar com um livro que possa auxiliá-lo na elaboração das aulas, sem ser a única fonte ou a única proposta a ser utilizada para o planejamento do ensino.
Os livros didáticos distribuídos para as escolas públicas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) passam por várias etapas de avaliação. Primeiramente as editoras se cadastram a partir da divulgação de um edital publicado no Diário Oficial da União que estabelece as regras para inscrição e os prazos. Para analisar se as obras apresentadas se enquadram nas exigências do edital, é realizada uma triagem pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Os livros